“Se você está aplicando dinheiro no Mercado, seja frio, estável, assegure-se de nunca se importar para onde ele vai… Nunca fique angustiado, rezando para ele subir ou cair. Se você não fizer isso, será bem-sucedido”, diz o mestre do assunto, Bill Williams. Para onde o cachorro for, o rabo vai. Seja o rabo do cachorro assumido. Para onde o Mercado for você vai. E assim terá sucesso.
Nesse reino que tem o dinheiro como seu único deus, é assim que se pensa e se age, se você quiser ser um crente assumido, fiel e bem-sucedido seguidor. E nós, os cidadãos de boa vontade, que somos apóstolos de outro Mestre, que queremos na vida muito mais que “só dinheiro”, se formos sábios como Davi, teremos que ouvir os especialistas de plantão, sob o risco de, não o fazendo, sermos triturados pelo “imbatível” gigante Golias do Capitalismo vigente, que acha que veio para ficar, e que nada é melhor que ele.
Todavia o Mercado não precisa ser obrigatoriamente como uma pedra que rola morro abaixo, que vai trombando no que aparecer pela frente, regido pelo acaso mais absoluto.
Nós é que somos o Mercado, (e esta é a grande Tese!) e nós somos Seres lúcidos e conscientes, e somos os seres a quem Deus deu uma das Suas próprias características, o dom da REFLEXÃO consciente, então, façamos jus a essa virtude divina inata, de forma que não nos sujeitemos a rolar soltos pelas encostas da vida.
A Arca costuma ser o símbolo da salvação. Quem entra na Arca para se salvar de um Mercado dominado pelo Demônio?
A entrada é franca, e entra a “soma” (do grego=corpo) de todos os cidadãos que formam um “corpo social consciente”, os que quiserem constituir uma nova realidade de MERCADO de Valores e de Preços.
Mercado é o nome daquele lugar onde as pessoas interagem, entre si e com o mundo, trazendo para a praça do escambo os seus bens e as suas necessidades. O Mercado é na verdade um gigante muito estranho, de força descomunal, que tem músculos, mas … que ainda não tem cérebro, o que resulta numa “pessoa” submissa e facilmente dominável. Um gigante fruto de uma família machista onde o “pai” é o Poder Político e a “mãe” é a Necessidade Social. Como nunca foi educado para o bem, de que lhe serve tamanha força se não sabe sequer se defender das maldades dos que hoje o manipulam? Quando é atacado, agredido, explorado e delapidado, então sofre as consequências, mas desconhece a força que tem e não sabe como reagir. Por esse motivo eu tenho um grego assoprando nos meus ouvidos: “demo kratos” ou seja, “povo forte”! Forte como um gigante. Mas que age como um cavalo preso à rédeas, sem consciência do seu próprio destino! Isso é a Democracia tradicional, não faz ideia do que é a Unocracia
A Unocracia, “a força da unidade”, é a verdadeira força do gigante, ao passo que a força da quantidade de povo, é um regime político menos avançado, extremamente manipulável.
De que nos serve a força “muscular” de uma maioria desunida? “Burra”, cega e alienada?
Respeitar a maioria é inteligência. Mas o desafio maior da ARCA é respeitar a consciência. A Arca deve dar cérebro e coração ao gigante embriagado.
Assim, me parece que nossa situação à bordo da Arca não é nada confortável no momento, tendo como Timoneiro esse gigante ilúcido! Músculos são ótimos para ações e reações, mas péssimos para reflexões. Qual o Ideal dessa nossa viagem coletiva na Arca? Na busca da realização desse Ideal, o desafio será o de abandonar o deus no qual “in THIS god we trust”, dar um rumo à Nave Coletiva que nos conduza a uma Socialidade de Mercado pensada por Deus, o dono do Projeto.
Noé tinha uma metáfora a realizar, e não sabia. Nós temos a realidade. Será que sabemos?
A consequência trágica destes fatos, é que o enorme poder do gigante fica transferido para alguns segmentos da elite, que se aproveitam disso e atuam, legislam, julgam e policiam sempre a favor de causas próprias (ou impróprias?).
A ARCA tem dois significados: de Tesouro e de Salvação, onde o Tesouro é a Salvação do Mercado. O grande Mercado é formado majoritariamente por miseráveis, pobres e remediados, pessoas sem cultura na maioria, sem educação e desorganizados, e sobretudo dispersos como rebanho sem Pastor.
As “ovelhas”, dóceis e ingênuas, não têm como refletir e tomar consciência do seu estado animal, mas nós temos a possibilidade e o DEVER de fazê-lo, passando da condição de animais a Seres Humanos!
A ARCA tem como IDEAL a Unidade entre os cidadãos, ou seja, a Unidade no Mercado, entendida como coisa objetiva, concreta, prática, mas também como Filosofia de vida e sobretudo como Espiritualidade de ponta.
Na prática significa que a ARCA é uma Empresa de propriedade de todos os cidadãos que quiserem vir a bordo! Uma gigantesca Empresa, do porte que o Mercado merece, com um enorme poderio financeiro e é um gigante da Economia.
Marco Iasi