“O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos de seus corações estavam continuamente voltados para o mal.”
(Gen. 6:5). Assim, consta que Deus, com o Dilúvio, exterminou a Humanidade que Ele mesmo havia acabado de Crear, e somente não foi perda total, Graças a Noé, que Deus o viu como homem justo e temente.
E lá se vão 4.800 anos de História da Humanidade. Havia naquela época uma grande desordem social, fato que levou a Terra à maior devassa aquática de todos os tempos, depois da Lava a Jato. Segundo os jornais da época, só sobrou Noé, e seus filhos: Sem, Cam e Jafet, e esposas, bem como todos os animaizinhos que apareceram por lá, e que trouxeram consigo. Salvamento este que somente se tornou possível graças à construção de uma enorme Arca, construída ao longo de anos, sob o escarnio e agressão de um povo estúpido, que não imaginava aquilo que, num futuro bem próximo, lhe haveria de acontecer.
É impressionante! Quase 5.000 anos se passaram, mas parece que aconteceu ontem!
Como se vê, o desafio da Perfeita Socialidade é coisa muito antiga. Na verdade, o maior desafio desde o começo, no meio e no fim!
Mais recentemente, no Egito, há cerca de 3.500 anos, Moisés também se deu mal vivendo sob o despotismo do Faraó. Bateu em retirada levando consigo todo o seu povo Hebreu. Caminharam por longos anos deserto adentro, e o problema da cidadania e da Socialidade só se agravava. Foi então que “caíram do céu” as primeiras Leis de aperfeiçoamento da Socialidade de que se tem notícia. Foram os Dez Mandamentos que deveriam ser obedecidos indiscriminadamente por todos. A coisa era séria, envolvia diretamente a sobrevivência da tribo. Encabeçava a listinha sagrada um potente imperativo: “amarás”. Depois vinha o “não isso, não aquilo, etc”.
Mais recente ainda, bem longe dali, fora dos acontecimentos bíblicos, na Grécia, há cerca de 2.600 anos, os Filósofos encabeçados por Sócrates, entenderam que os problemas do povo tinham afinal que ser resolvidos pelo próprio povo (Demo) e para tanto se reuniam nas Praças a mostrar suas forças (Kratos) como sociedade empenhada. Assim, de uma origem menos celestial e mais pé na praça, no berço da Filosofia nasce a Democracia, e a Socialidade humana dá um definitivo e irreversível salto de qualidade.
Enquanto isso, lá pela mesma época, há cerca de 2.500 anos, surge também outra grande novidade no continente europeu, a República Romana (Res [Coisa] – Pública), toda rebuscada pela sua organização interna, criando o conceito de Estado e seu respectivo Governo. Os romanos optam por não deixar o poder nas mãos de um só indivíduo. Por isso, eliminaram a figura do rei, e todos os cargos deveriam ser exercidos por duas ou mais pessoas. Tinham um mandato de um ano, e deveriam vigiarem-se e controlarem-se mutuamente. Só para lembrar, as mulheres não eram consideradas como cidadãs e não tinham nenhum valor na gestão da coisa pública, pela falta de capacidades humanas, que, como se sabe, somente os homens tinham. Pronto! O Imperador era Deus, assunto resolvido, do ponto de vista da Socialidade e da Teologia.
Eis, portanto em rápidas e pobres pinceladas a raiz histórica do Estado, do Governo e, sobretudo da Democracia, realidades estas que atravessaram bravamente os milênios, passando ilesos pelo crivo das mais diversas culturas em diversas épocas, permanecendo ativas até os dias de hoje. Mas … estagnada! E em alguns casos, podre.
Sim, a Democracia tem seus méritos, mas, só para não deixar de contestar, gostaria de saber por que se fala tanto dela com enorme arrogância, como se ela fosse perfeita, pronta e acabada, para ser a grande maravilha política da sociedade? Nem Sócrates a via como perfeita! No entanto hoje, qualquer politiquinho estufa o peito com grande orgulho e firmeza quando se fala da Democracia, enquanto na verdade as pessoas querem tapar o sol com a peneira, enaltecendo um projeto falho e inacabado, de tempos que não voltam mais. Mas a Ágora, a praça, já nasceu pequena para dar conta do recado. A população cresceu e se complexificou. E Ágora? Ops… e agora?
Não vamos perder de vista que a sua origem popular da Democracia é de inspiração mundana e pagã, que vem de uma época pré-evangélica, marcada por uma forte racionalidade filosófica, no entanto imersa em um forte obscurantismo espiritual, por isso trazendo consigo sérias deficiências teológicas, as quais (surpreendentemente!) permanecem até nossos dias, apesar de já se terem passados dois milênios de Era Cristã.
Entretanto, existe uma fortíssima influência do humanismo cristão na legislação de todos os países democráticos, sem o que estaríamos ainda hoje certamente lidando com as antigas barbáries (ainda que existam hoje outras, mais atuais). A gente não se dá conta do que seria o mundo se não tivesse existido a revolução cristã. Mas também fica óbvio que isso não foi ainda suficientemente aplicado para o pleno aperfeiçoamento da Democracia. Dizem que o pior cego é o que não quer enxergar, então é isso, cegueira geral: O Evangelho está recheado de Ciência pura, no campo da Sociologia, da Psicologia, da Economia e da Política inclusive, mas o mundo ainda o olha de lado, e infelizmente só enxerga o Mestre parcialmente pelos cantos dos olhos, pelo seu óbvio viés espiritual.
O Cristianismo foi o grande divisor de águas da História Universal, tanto que esta deve ser narrada com abordagens distintas, antes de Cristo e depois de Cristo.
Fica, portanto no ar a grande questão: por que as Ciências Políticas e a Filosofia Política ficaram historicamente estagnadas durante todo esse tempo? E permaneceram defasadas por não ter entrado na Era Cristã?
À medida que o tempo foi passando na história da experiência democrática, tudo indica que ninguém se deu conta da chegada da “Plenitude dos Tempos”, e as pessoas vivem como se um Mestre de todos os Mestres nunca tivesse existido e vivido entre nós, um especialista em humanidade, fonte de Sabedoria para todas as áreas de conhecimento das Ciências Humanas. Mas, espantem-se com a notícia: a pessoa que atingiu a “plenitude da Perfeição” não foi um homem, mas uma Mulher, Maria!
Maria, a Mãe de um Pensador que fez a síntese absoluta das leis, resumindo-as todas numa só, num Mandamento, o qual chamou de Seu: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”.
(continua) Marco Iasi
As quadrilhas e os de “mau caráter” se unem “para roubar, matar e destruir” (Jo 10:10) quando se candidatam a cargos públicos. Nosso Sistema Eleitoral não está aparelhado para evitar isso, mesmo porque ele foi feito pelos próprios ladrões infiltrados. Somente o desejo de realizar a experiência de uma Unocracia poderá conter essa besta-fera!