Imagine um Prédio de apartamentos de vinte andares. Você estica o teu olhar lá para cima e fica assombrado com a altura dele. Porém, o mais surpreendente é outra coisa. É você saber que está diante de uma colossal ilusão de ótica!

Mas, como é possível isso? Você entra nele, sobe com o elevador, entra na casa que você mora, como é possível que seja tudo uma ilusão? Não acredita?

Calma, eu posso explicar facilmente!

Basta fazer uma incursão imaginária no seio da matéria, que tudo se esclarece.

Veja: se juntarmos toda a massa que existe em cada átomo desse prédio inteiro, teríamos como resultado um objeto minúsculo, do tamanho de um alfinete. Não mais que isso. E, pasmem, com o peso do prédio todo.

Mas, qual a diferença entre o prédio e o alfinete? A diferença é que no prédio a massa está super, hiper, extra organizada, e no alfinete a massa dos átomos está somente justaposta, sem nenhuma ordem, sem nenhuma organização.

Então pergunto: e o enorme espaço que ocupava o prédio todo?

Incrível, era simplesmente um “nada”, um puro vazio, ou o vazio puro! Nada!

E a Massa desse prédio todo? Einstein disse que é Energia.

Pronto! Encontramos a verdade concreta, que não tem nada a ver com aquilo que nossos olhos veem. Tudo que vemos é pura miragem! Olhamos para um algo qualquer diante dos nossos olhos, e o que vemos é energia, invisível espalhada por um espaço vazio.

Resumindo: O nosso enorme Universo, queiramos entender ou não, é o “Nada” cheio de Energia, cada vez mais organizada, ao longo do tempo. Eis a Evolução.

E a Ciência que estuda esse fenômeno, onde a energia se transforma em algo visível é a Cibernética. Ela estuda o fenômeno da transfiguração à qual ela deu o nome de Princípio da Unidade e Transcendência: partes que se relacionam para formar um novo “ser”. As partes “morrem” para si (por amor) e somem para que um novo ser superior possa existir.

Simples assim: no início era o Amor e o Amor era o Tudo. E não existia Nada. O Amor era a Energia total, a Energia Pura, a Energia Original, que queria se comunicar, queria se relacionar, queria, portanto sair de Si Mesmo, o que é típico do amor. E assim, Bang! O Tudo invadiu o Nada absoluto!

Eis que a energia do Amor, por amor e porque era amor, queria se relacionar, se ordenar, se coordenar, se organizar sempre mais.

E é por isso que nós existimos, entendeu agora? Não te disse que era simples?

O Amor se materializou e se tornou visível! Tudo que vemos é a expressão material visível do Amor original invisível.

Simples assim. Mas posso explicar melhor se quiser:
A energia se fez Quarks e Léptons, aos pares casados e relacionados; os Léptons se fizeram de Elétrons, e os Quarks se fizeram Prótons e Neutros, e estes se fizeram Átomos, que geraram Moléculas, que formaram as Células, que formaram os Organismos, que se tornaram os Seres, entre os quais estamos nós!

É incrível que algumas pessoas achem tudo isso muito difícil de entender, alguns até nem acreditam que seja verdade, e ainda por cima me culpam e me acusam de ser complicado.

Isso eu é que não entendo!

O universo material ama, e ama sempre, continuamente. E porisso é visível para nós.

Mas nós somente seremos visíveis na linha do tempo da Criação e da Evolução se, e somente se, permanecermos no amor. Quem não ama, retorna ao nada do qual veio, e evapora diante de Deus!

São Paulo, como sempre brilhante, foi ele que disse: “antes de tudo a mútua e contínua caridade”, e por isso ele era o Apóstolo do amor recíproco. Ele fala em Caridade, porque ela é o amor concreto, que acolhe, que ajuda, que socorre, e educa para que o amor retorne, para que sendo recíproco atinja o Céu onde mora o Amor. E foi o Mestre, que veio de lá, quem lhe ensinou a ser assim quando disse: “nisso reconhecerão que sois os meus Discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

Isso é Ciência, isso é Religião, simples assim!

Marco Iasi