O que é o Mercado?
Não é ninguém, mas é todo mundo. O Mercado somos NÓS!
Mas, como o Mercado é amorfo, e não tem nenhuma personalidade, ainda, então o que ocorre?
Ele é explorado! Como algo de valor, mas que não tem dono.
Assim como a Europa invadiu as Américas, a África etc., para pilhar, dominar, colonizar e EXPLORAR, da mesma forma o fenômeno pilhatório, graças ao Capitalismo selvagem, permanece ativo no que tange ao Mercado, como terra de ninguém.
E, enquanto o Mercado não tiver uma personalidade, ele vai continuar sendo explorado. Quem monta um garimpo quer arrancar ouro da terra, dane-se o resto! Quem monta uma Empresa quer ouro também, dane-se o resto também. Ou não?
Estou exagerando? É muito radicalismo? Mas acho que nenhum explorador tem peso na consciência pelo que faz. Ao contrário, o explorador se rejubila de poder se locupletar com a pilhagem. E tome Marketing de Anzol!
Viva a mídia! A Internet, a TV, o Rádio, as Revistas… são os veículos insensíveis do prostíbulo mercadológico. A Publicidade te promete de tudo, cupons, prêmios, sorteios, status, saúde, beleza, de um tudo para sugar dinheiro do Mercado.
As Empresas, os Bancos, e até os Governos, vivem o Robin Wood às avessas, tirando dos pobres para cumular de bens os ricos.
Parece praticamente impossível que o Mercado adquira uma personalidade de entidade real da sociedade, e os exploradores contam com isso: a ignorância continuada e perpetuada do povo amorfo. Afinal, a riqueza dos exploradores do Mercado depende disso!
E a Democracia é a grande cortina de fumaça que está a serviço dessa pilhagem oficializada. A Democracia é um engodo popular que faz a cabeça do cidadão, fazendo-lhe acreditar que nas mãos da Democracia ele estará seguro, e estará sob a proteção de um Regime Político ideal, perfeito até. Foi incutido na cabeça das pessoas que nada é melhor para o povo do que viver sob uma Democracia. Isso é uma mentira deslavada, sínica, hipócrita, e cruel acima de tudo! Na melhor das hipóteses é uma meia verdade, ou seja, metade é mentira.
“Kaizen” significa “melhorar sempre”, é a grande lição do Japão, que nos dá o seguinte recado: para que haja melhoria, é necessário fazer as coisas de forma diferente do que estava sendo feito. O que equivale ao conceito oposto de “loucura”, que é “fazer tudo sempre da mesma forma, e querer obter resultados diferentes”.
Portanto, no estágio estagnado e encalhado em que ela se encontra, desde que foi concebida, a Democracia já era… aliás, nunca foi!
Mas … nem tudo está perdido! A luz que se vê no fim do túnel é verdadeira e libertadora, é a outra metade que estava oculta e que ninguém até agora havia se dado conta de ela existe, a UNOCRACIA!
Como dizia Sócrates: ”A Democracia não é perfeita, e deve ser usada até que surja algo melhor que ela”.
Por este motivo a UNOCARCIA é fundamental no processo de civilização, para o avanço do nível da vida cidadã.
Se quisermos melhorar o mundo em que vivemos, temos que melhorar a forma como ele funciona.
A começar pela Economia, esta que é a ferramenta da Harmonia Social, por definição.
E do jeito que o mundo funciona, que o Sistema Econômico funciona, as riquezas ficam acumuladas nas mãos de uma minoria minúscula, e a miséria fica distribuída para uma maioria maiúscula!
E isso se perpetua, indefinidamente, porque se passa ao povo a ideia de que a Democracia é a forma perfeita de se conduzir um sistema político, e ponto final! Ninguém se atreve dizer que o Rei está nu. Quem vai ser o “retardado” que vai propor criar algo mais avançado do que a Democracia!!!
No plano das Ideologias, ocorre da mesma forma o travamento, onde o binário ideológico Capitalismo-Socialismo foi adotado como beco sem saída para uma terceira via, e assim ficou solidificado o senso comum, equivocado, de que não existe outra opção.
Surpresa! A luz no fim do túnel, e não é o farol da locomotiva: a Unocracia, na Política, e a Economia de Comunhão.

Elas têm raízes científicas profundas, no estudo dos fenômenos de Unidade e Transcendência (Cibernética), e têm também profundas raízes filosóficas e teológicas, quando adotamos o referencial do Evangelho. As raízes não existem para serem vistas, sua função é outra, dar visibilidade e vida à árvore, seus galhos, folhas, flores e frutos. A estabilidade da árvore depende, no entanto, da profundidade das raízes, caso contrário a árvore tomba.
A proposta da Unocracia é muito concreta e visível como uma árvore frondosa cujas raízes são a Economia de Comunhão.
A EdC não veio para destruir o Capitalismo e o Socialismo, mas para tirar o que há de bom e verdadeiro neles, acrescido de um novo conteúdo que emana da sua Cartilha da Partilha, que é toda fundamentada na Lei Natural da Reciprocidade. Um teste de laboratório para o comportamento da Natureza, quanto ao senso de Partilha, de diferentes vasos, de diversos tamanhos, quando eles se comunicam e partilham o mesmo líquido, todos se abastecem segundo suas necessidades, uns mais outros menos, mas o nível do líquido é igual para todos. Em Justiça Social, isso se chama “Equidade”.
Somente a Unidade que emana da Reciprocidade pode dar uma Personalidade ao Mercado. O cidadão é uma pessoa, tem um nome, um RG, CPF, endereço, ideias próprias, livre arbítrio, uma história de vida. E o Mercado é formado por Cidadãos! Portanto, quando o Mercado tiver um nome, ele se chamará NÓS. Nós somos o Mercado, e não gostamos de ser manipulados, de servir de massa de manobra dos líderes empresariais, políticos e até religiosos, que na calada da noite e no frigir dos ovos, eles te roubam, sem escrúpulos.
Pés no chão agora. Vamos a um mero exemplo prático. Derrepente, não mais que derrepente, surge um UBER nas nossas ruas. Uma empresa bem bolada, bem sucedida, ganhando rios de dinheiro. De quem? Do Mercado! Dizer mercado é dizer a coisa de forma muito genérica, prefiro a partir de agora, dizer de Nós.
Portanto, se Nós quisermos ganhar dinheiro também, do jeito que “eles” ganham, temos que reivindicar participação nos lucros que Nós geramos, mas que “eles” auferem. De que forma?
Passando de massa amorfa que somos hoje, para o status de Nós. Nós usaremos o Uber, se de alguma forma for negociada uma participação. Dá LUCRO? Então, também quero! Não há nada de errado em uma Empresa ter lucros, ao contrário, é uma obrigação da Gestão. A questão que afronta a Harmonia Social da Economia, é o lucro excedente não pertence à Empresa, porque foi subtraído do Mercado, e deve, de alguma forma, ser devolvido ao Mercado. Por meio de Leis ou não, mas por dever de consciência da Gestão daquela Empresa.
O mesmo com uma Rede Bancária, uma rede de Supermercados, rede de Lojas de Materiais de Construção, de Extração de Petróleo, assim por diante, ad infinitum.
Posto isto, se é que me fiz entender, podemos então voltar a falar de Democracia, dos “Nossos” Representantes nos Governos. NÓS saberemos muito bem quem merece NOSSO voto. Kaizen é um salto de melhoria, do quantitativo para o qualitativo, da quantidade de votos para a qualidade dos votos, evoluindo da força (kratos) da quantidade para a força da qualidade, do demo-kratos para o uno-kratos.
Enquanto não existir um NÓS, não haverá Unocracia, e a Democracia será sempre uma piada, de mau gosto!
Depois te explico melhor!
Marco Iasi