Acredite, é um absurdo, é inconcebível, é inaceitável, mas tenho que dizer: o rabo está abanando o cachorro!

Na Democracia a força é do povo, mas na verdade quem manda e desmanda para benefício próprio, são os políticos. No Mercado, o poder de compra está com o povo, e, no entanto é ele que engole goela abaixo tudo que lhe é imposto pelos Empresários e seus fantásticos Marqueteiros. Na Economia e nas Finanças, pergunto: quem são os poderosos que fazem o que querem com o dinheiro do povo? São os Banqueiros e magnatas, que entesouram para si, além de todo e qualquer limite, porque estão conscientes que o dinheiro é deles mesmo. O pior é que o povo também pensa assim! Ou simplesmente aceita, como se não houvesse outro jeito de cuidar do dinheiro que é de todos.

Em resumo, seguindo essa forma de agir e pensar, se você saísse pelas ruas e visse todos os rabos abanando seus donos, você acharia isso normal, lógico, inevitável… Parabéns!

Nosso corpo tem braço direito e esquerdo, e não tem como se adaptar um terceiro braço! Mas qual seria a utilidade de um braço de centro? Loucura, não é? No entanto, mais uma vez, já que nem a Direita nem a Esquerda resolvem nossos problemas sociais, o mundo das Ideologias vive na procura incansável de uma terceira opção sócio-política-econômica, e não descobre nada de novo! Parece como aquele terceiro braço, uma coisa que não existe. Não é?

Méo déos! Que bicho é esse, o homem? Pode ser tão inteligente mas pode também ser muito imbecil. Como ele consegue isso? Se contássemos nossas histórias para um alienígena, ele nããão acreditaria!

Pois é! Isso somos nós, eu, você, nós, vós, eles.

Vamos dar uma paradinha no tempo, e refletir um pouco.

Entre o braço esquerdo e o direito, o que temos? Temos um coração e um cérebro! Temos em nós a Razão, as Emoções e os Sentimentos. E quando nossa Razão e nossas Emoções se associam, temos então a SABEDORIA. Temos afinal, mal comparando, muito mais que um terceiro braço, inútil.

Na espelunca, que é o termo científico adotado para as cavernas, onde viviam nossos primatas e ancestrais, a sobrevivência advinha da vivência radical daquele conceito natural e intuitivo, o “bem comum”. Logicamente que a vida selvagem não é nenhum referencial para a vida da nossa sociedade moderna, mas … não se trata aqui de tomar como referência o pragmatismo do ambiente troglodita, seus usos e costumes animalescos, mas se trata agora de não abandonar o referencial conceitual que sustentava esses ambientes dos primeiros tempo da civilização, o bem comum. Nem os animais abandonaram jamais o hábito. E continuam, na medida deles, em grupos, em manadas, em bandos, em revoadas.

Mas nós! Nós estamos aqui, como Tom Cruise, numa missão impossível, procurando um novo conceito socioeconômico que consiga harmonizar a ganância humana das elites com as necessidades básicas da gentalha. Porque o bom mesmo é ser elite, como cachorro sem rabo, que não precisa dar satisfação das suas atitudes para ninguém. Quem já tem tudo em excesso para si, não precisa ficar abanando o rabo para ninguém? O abanar do cachorro, serve para mostrar sua alegria e afeto, coisas que o dinheiro não compra, e nem quer mesmo comprar, porque há coisas muito mais interessantes do que isso para se gastar com um Cartão de Crédito.

Enquanto isso, no mundão lá fora, vive uma sociedade mundana, na sua grande maioria muito angustiada com seu dia a dia, sem tempo de se precaver com seu futuro. Nem forças para lutar contra as injustiças de uma Justiça elitizada, para a direita o para a esquerda, tanto faz.

Existe então uma Economia natural nas sociedades, tecnicamente chamada de Economia de Comunhão, da qual depende o futuro da raça humana. O sangue que circula em suas veias, e lhe dá vida chama-se RECIPROCIDADE.

Os Bancos sabem muito bem o que é reciprocidade, sem o qual o sistema bancário não é nem justo nem viável. Ao menos isto deveríamos aprender com eles, e aplicá-la em larga escala nas comunidades que querem avançar no tempo, e desfrutar dos benefícios da harmonia de uma Economia de Comunhão.